Rotary de Seia distingue o Pdre. José Moreira Martinho
O Rotary Club de Seia homenageou o Padre José Moreira Martinho. A iniciativa teve lugar num restaurante da Cidade de Seia, no passado dia 26 de Novembro de 2007, e contou com a presença de familiares, amigos, colegas e paroquianos de São Romão, Lapa dos Dinheiros e Vila Cova, que estiveram acompanhados com os respectivos presidentes de Junta de Freguesia.
O homenageado reside desde 1950 em São Romão, ano em que tomou posse como padre nas paróquias de São Romão e Lapa dos Dinheiros.
Aceitou o convite com satisfação, mostrando-se grato pela homenagem, sentindo-se «deveras confundido na presença de tantos e tão ilustres amigos», que foi conhecendo ao longo dos últimos 56 anos. «Esta vossa honrosa presença fica a dever-se a um excesso de amizade com que querem distinguir-me», disse, para salientar depois: «Não a mereço, mas agradeço-a do fundo do coração».
Agradeceu igualmente ao Rotary Club de Seia a iniciativa da homenagem, acrescentando: «Só a aceito e compreendo como dirigida não propriamente à minha pessoa mas à assumpção e missão que desempenho», até porque «quando se cumpre o dever não são pedidos elogios».
Considerando «não ser normal» um pároco estar tantos anos à frente da mesma paróquia, aludiu, em jeito de brincadeira, que entre 1924 e 1950 São Romão teve 13 párocos, o que dá uma média de dois anos para cada um, o que originou o dito muito pitoresco de que «em São Romão padres e bois um ano, até dois», sublinhando que estava destinado a «quebrar com o enguiço».
Desde 9 de Setembro de 1950 contou sempre com a «incondicional e generosa colaboração» dos paroquianos, e não só. «Sinto-me identificado com eles na medida em que os seus problemas e anseios foram em grande parte também os meus», disse.
Estendeu depois aos colegas presentes, particularmente à missão que desempenham ou desempenharam no Concelho de Seia, a homenagem. Por fim, José Martinho agradeceu uma vez mais ao Rotary pela iniciativa, fazendo votos «para que continue a empenhar-se pelas boas causas, pondo em destaque instituições e entidades que promovam o bem comum, a cultura e a solidariedade humana, os parâmetros do verdadeiro Humanismo». Às paróquias promete estar «até ao dia que o meu Bispo diga “acabou” ou enquanto eu pelas minhas forças e capacidades possa estar à frente da paróquia».
Grande lutador de causas
A sua acção meritória passou pela reactivação de todas as Associações de Piedade da Paróquia, pela criação do Serviço Paroquial de Doentes, pela catequização das crianças, pela fundação da Banda da Academia de Santa Cecília, a cuja direcção presidiu durante algumas décadas, exercendo até hoje o cargo de Presidente da sua Assembleia Geral. Lançou o Boletim Paroquial “A Voz de São Romão” e interveio fortemente na construção do Monumento a Nossa Senhora da Conceição, da Casa Paroquial, das novas igrejas da Lapa dos Dinheiros e de São Romão e da capela da Catraia de São Romão, assim como na dos acessos à Assamassa, São Romão-Loriga e ramal para a Lapa, localidade onde durante 10 anos lutou pela construção do cemitério.
Em 1986 começa a paroquiar Vila Cova e entre 1988 até 1990 acumulou com Sandomil e São Gião. Em 1994 é nomeado Arcipreste de Seia e em 2000 foi-lhe atribuído pela Assembleia de Freguesia de São Romão o grau de Cidadão de Mérito. Para perpetuar a sua passagem pela freguesia, na Lapa dos Dinheiros há um arruamento com o seu nome, e em São Romão é o patrono do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal.
Lutou fortemente para que fossem cedidos à Casa de Santa Isabel os terrenos doados pelo benemérito São Romanense Carlos Monteiro Belo, onde esta instituição de pedagogia curativa se estabeleceu, fazendo o mesmo para as sedes da Banda, dos Bombeiros, do Rancho Folclórico e do Lar de Monterroso. E na Lapa dos Dinheiros a si se deve a construção do Centro Cultural e Recreativo, bem como o Monumento ao Sagrado Coração de Jesus.
José Moreira Martinho nasceu em Lisboa no dia 27 de Outubro de 1925. Entrou para o Seminário do Fundão em 1937, iniciando estudos teológicos no Seminário da Guarda em 1942. No ano de 1949 recebe Ordens de Diácono e é ordenado Presbítero na Sé Episcopal da Guarda. Depois de rezar “Missa Nova” na sua terra adoptiva – Parada do Côa –, é nomeado Coadjutor das freguesias de Santa Maria e de S. Pedro, em Trancoso, de onde veio para São Romão em 1950, onde também foi director do Colégio local e fundador da Telescola.
A constatação de que «nunca soube o que era estar quieto, nunca soube o que era estar ocioso e ver os problemas a surgir e não dar uma mãozinha e um empurrão para eles se resolverem», reconhecida pelo homenageado, foi também referida por Eduardo Brito, que disse que quando algum dia for feita a história de São Romão e a do Concelho, o nome do Padre Martinho «tem que ser inevitavelmente mencionado».
O autarca, que é também Presidente da Direcção dos Bombeiros de São Romão, sublinhou que a sua obra «marca profundamente» o plano religioso, cultural e social, «onde tudo tem a sua marca». Disse ainda que São Romão «tem uma obra grandiosa e o pontapé de saída foi seu».
O Cónego Cunha Sério, que, além de ser natural de Vila Cova, esteve na homenagem em representação do Bispo da Guarda, ficou muito satisfeito pelo reconhecimento, até porque, disse, «não é costume um clube de Rotários homenagear um padre». Comunicou que o Bispo D. Manuel Felício ficou «emocionado e «imensamente comovido» com o acto.
Ângela Dias, sobrinha do Padre Martinho, agradeceu em nome da família o reconhecimento, dizendo tratar-se de uma homenagem «bem merecida» e que o tio «tem feito uma obra grande» e que por isso a família «está bastante orgulhosa».
Usaram também da palavra o Presidente da Junta de Freguesia de São Romão, o Presidente da Banda da Academia de Santa Cecília e a Confraria da Senhora do Desterro, para agradecerem todos os trabalhos e contributos do prelado na Freguesia de São Romão.
O Rotary Club de Seia homenageou o Padre José Moreira Martinho. A iniciativa teve lugar num restaurante da Cidade de Seia, no passado dia 26 de Novembro de 2007, e contou com a presença de familiares, amigos, colegas e paroquianos de São Romão, Lapa dos Dinheiros e Vila Cova, que estiveram acompanhados com os respectivos presidentes de Junta de Freguesia.
O homenageado reside desde 1950 em São Romão, ano em que tomou posse como padre nas paróquias de São Romão e Lapa dos Dinheiros.
Aceitou o convite com satisfação, mostrando-se grato pela homenagem, sentindo-se «deveras confundido na presença de tantos e tão ilustres amigos», que foi conhecendo ao longo dos últimos 56 anos. «Esta vossa honrosa presença fica a dever-se a um excesso de amizade com que querem distinguir-me», disse, para salientar depois: «Não a mereço, mas agradeço-a do fundo do coração».
Agradeceu igualmente ao Rotary Club de Seia a iniciativa da homenagem, acrescentando: «Só a aceito e compreendo como dirigida não propriamente à minha pessoa mas à assumpção e missão que desempenho», até porque «quando se cumpre o dever não são pedidos elogios».
Considerando «não ser normal» um pároco estar tantos anos à frente da mesma paróquia, aludiu, em jeito de brincadeira, que entre 1924 e 1950 São Romão teve 13 párocos, o que dá uma média de dois anos para cada um, o que originou o dito muito pitoresco de que «em São Romão padres e bois um ano, até dois», sublinhando que estava destinado a «quebrar com o enguiço».
Desde 9 de Setembro de 1950 contou sempre com a «incondicional e generosa colaboração» dos paroquianos, e não só. «Sinto-me identificado com eles na medida em que os seus problemas e anseios foram em grande parte também os meus», disse.
Estendeu depois aos colegas presentes, particularmente à missão que desempenham ou desempenharam no Concelho de Seia, a homenagem. Por fim, José Martinho agradeceu uma vez mais ao Rotary pela iniciativa, fazendo votos «para que continue a empenhar-se pelas boas causas, pondo em destaque instituições e entidades que promovam o bem comum, a cultura e a solidariedade humana, os parâmetros do verdadeiro Humanismo». Às paróquias promete estar «até ao dia que o meu Bispo diga “acabou” ou enquanto eu pelas minhas forças e capacidades possa estar à frente da paróquia».
Grande lutador de causas
A sua acção meritória passou pela reactivação de todas as Associações de Piedade da Paróquia, pela criação do Serviço Paroquial de Doentes, pela catequização das crianças, pela fundação da Banda da Academia de Santa Cecília, a cuja direcção presidiu durante algumas décadas, exercendo até hoje o cargo de Presidente da sua Assembleia Geral. Lançou o Boletim Paroquial “A Voz de São Romão” e interveio fortemente na construção do Monumento a Nossa Senhora da Conceição, da Casa Paroquial, das novas igrejas da Lapa dos Dinheiros e de São Romão e da capela da Catraia de São Romão, assim como na dos acessos à Assamassa, São Romão-Loriga e ramal para a Lapa, localidade onde durante 10 anos lutou pela construção do cemitério.
Em 1986 começa a paroquiar Vila Cova e entre 1988 até 1990 acumulou com Sandomil e São Gião. Em 1994 é nomeado Arcipreste de Seia e em 2000 foi-lhe atribuído pela Assembleia de Freguesia de São Romão o grau de Cidadão de Mérito. Para perpetuar a sua passagem pela freguesia, na Lapa dos Dinheiros há um arruamento com o seu nome, e em São Romão é o patrono do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal.
Lutou fortemente para que fossem cedidos à Casa de Santa Isabel os terrenos doados pelo benemérito São Romanense Carlos Monteiro Belo, onde esta instituição de pedagogia curativa se estabeleceu, fazendo o mesmo para as sedes da Banda, dos Bombeiros, do Rancho Folclórico e do Lar de Monterroso. E na Lapa dos Dinheiros a si se deve a construção do Centro Cultural e Recreativo, bem como o Monumento ao Sagrado Coração de Jesus.
José Moreira Martinho nasceu em Lisboa no dia 27 de Outubro de 1925. Entrou para o Seminário do Fundão em 1937, iniciando estudos teológicos no Seminário da Guarda em 1942. No ano de 1949 recebe Ordens de Diácono e é ordenado Presbítero na Sé Episcopal da Guarda. Depois de rezar “Missa Nova” na sua terra adoptiva – Parada do Côa –, é nomeado Coadjutor das freguesias de Santa Maria e de S. Pedro, em Trancoso, de onde veio para São Romão em 1950, onde também foi director do Colégio local e fundador da Telescola.
A constatação de que «nunca soube o que era estar quieto, nunca soube o que era estar ocioso e ver os problemas a surgir e não dar uma mãozinha e um empurrão para eles se resolverem», reconhecida pelo homenageado, foi também referida por Eduardo Brito, que disse que quando algum dia for feita a história de São Romão e a do Concelho, o nome do Padre Martinho «tem que ser inevitavelmente mencionado».
O autarca, que é também Presidente da Direcção dos Bombeiros de São Romão, sublinhou que a sua obra «marca profundamente» o plano religioso, cultural e social, «onde tudo tem a sua marca». Disse ainda que São Romão «tem uma obra grandiosa e o pontapé de saída foi seu».
O Cónego Cunha Sério, que, além de ser natural de Vila Cova, esteve na homenagem em representação do Bispo da Guarda, ficou muito satisfeito pelo reconhecimento, até porque, disse, «não é costume um clube de Rotários homenagear um padre». Comunicou que o Bispo D. Manuel Felício ficou «emocionado e «imensamente comovido» com o acto.
Ângela Dias, sobrinha do Padre Martinho, agradeceu em nome da família o reconhecimento, dizendo tratar-se de uma homenagem «bem merecida» e que o tio «tem feito uma obra grande» e que por isso a família «está bastante orgulhosa».
Usaram também da palavra o Presidente da Junta de Freguesia de São Romão, o Presidente da Banda da Academia de Santa Cecília e a Confraria da Senhora do Desterro, para agradecerem todos os trabalhos e contributos do prelado na Freguesia de São Romão.
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